Concerto da mente. Conserto da mente. Sinfonia ou estrago? Perfeição composta pelo descompasso dos poetas esquecidos. E quem há de lembrar de tantas sílabas escritas e cantadas? E quem há de lembrar dos poetas?
Volto da guerra e me entrego ao suspiro no final do dia. Volto da guerra com os olhos encharcados, os braços soltos, a boca seca. Volto da guerra pra me lamentar, porque ela esta dentro de mim. É a mente em tempos de guerra. É a mente em tempos de armamento nuclear: iminência do fim.
As respostas das perguntas infantis se tornaram filosofias. As perguntas sempre foram.
Mas, em apuros todos choram. Todos devaneiam. Todos sonham. Em apuros todos amam. E há aqui uma saída, então.
Uma saída perigosa, confesso. Saída e só, sem volta.
E aí, voltam-se os poetas, que se voltam para dentro e observam com clareza os lados do jogo. E escrevem na esperança de se transbordarem.
E a guerra que mora dentro da gente vai embora deixando poemas...que serão esquecidos... Pois uma guerra demanda muitas sílabas e canções... Uma guerra estraga a mente, uma guerra aperfeiçoa a mente.
O concerto é conserto. Poema é a vida que transborda.
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