terça-feira, 25 de julho de 2017

Oxalá


Oxalá possamos desvendar os mistérios do nosso espírito. Que tenhamos sempre a coragem necessária para dizer "não" quando doer. E o sim quando algo não nos deixar dormir.

Oxalá possamos reconhecer a fagulha que entusiasma o sonho dentro de nós. E persegui-la até o fim. Que tenhamos fraqueza para então nos reconhecer fortes quando assim formos.

Oxalá não pensemos muito no futuro. Para deixar que a beleza das coincidências ofusque nossos olhos como o sol. E, num dia qualquer, acordar com a certeza de que nada depende tanto assim de nós.

Oxalá possamos nos guiar sempre pelo tempo sem enrijecer. Mas não sejamos demasiadamente críticos conosco. Para que possamos nos perdoar vez ou outra.

Oxalá tenhamos o discernimento para sempre olhar para dentro de nós em busca da felicidade. Jamais projetá-la. Mas que nas horas em que trovoar, alguém possa trazer, não a felicidade, mas um um pouco de luz.

Oxalá tenhamos sempre um desejo. Incansável. Uma ideologia. Incurável. Um gosto. Injustificável.

E que jamais esqueçamos que, embora a vida seja um quarto de luz apagada, podemos sempre acender a luz.

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