Melodia nos fios de cabelo
Acordeão da alma lavada
Lábios, canções
Notas grafadas na própria pele
Sal molhado que refresca com um sopro
Suave, quente, verão
Cansaço bom de te amar.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
Outono
Escrever requer sentimento
Requer noites em claro,
Minguantes como a lua
Que some para ressurgir
Escrever requer metalinguagem
Requer sabedoria cotidiana
Vai e vem de certezas
Metalinguagem de quem não cansa de se pensar.
Legendas enfadadas na graça de quem não sabe mais sorrir.
[Eu penso que as palavras são para os olhos cansados que observam as árvores se despir no outono].
Requer noites em claro,
Minguantes como a lua
Que some para ressurgir
Escrever requer metalinguagem
Requer sabedoria cotidiana
Vai e vem de certezas
Metalinguagem de quem não cansa de se pensar.
Legendas enfadadas na graça de quem não sabe mais sorrir.
[Eu penso que as palavras são para os olhos cansados que observam as árvores se despir no outono].
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Canoa Quebrada
Melhor não brincar de ser real
A verdade nua é crua
Não esta no ponto.
Não brinque de realidade
Nem todo túnel tem uma luz
Nem toda luz tem um túnel
A casa não é mais da Mãe Joana
A casa caiu
A verdade nua é crua
Não esta no ponto.
Não brinque de realidade
Nem todo túnel tem uma luz
Nem toda luz tem um túnel
A casa não é mais da Mãe Joana
A casa caiu
domingo, 19 de maio de 2013
Sway
A poesia da vida
Escorre dos olhos
E salta dos lábios
Carinhos do silêncio
Memórias da saudade
Palavras que ecoam
Pensando nos tempos esquecidos
Na emoção do que é fugaz
Pergunto
Quanto tempo me resta para sonhar?
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Sobre as flores
Acordei sem saber
Nem quando
Nem onde
Estavam as flores
Belas
Na estante
Concluiu:
Ainda estou sonhando.
Nem quando
Nem onde
Estavam as flores
Belas
Na estante
Concluiu:
Ainda estou sonhando.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Poema em tempos de Guerra
Concerto da mente. Conserto da mente. Sinfonia ou estrago? Perfeição composta pelo descompasso dos poetas esquecidos. E quem há de lembrar de tantas sílabas escritas e cantadas? E quem há de lembrar dos poetas?
Volto da guerra e me entrego ao suspiro no final do dia. Volto da guerra com os olhos encharcados, os braços soltos, a boca seca. Volto da guerra pra me lamentar, porque ela esta dentro de mim. É a mente em tempos de guerra. É a mente em tempos de armamento nuclear: iminência do fim.
As respostas das perguntas infantis se tornaram filosofias. As perguntas sempre foram.
Mas, em apuros todos choram. Todos devaneiam. Todos sonham. Em apuros todos amam. E há aqui uma saída, então.
Uma saída perigosa, confesso. Saída e só, sem volta.
E aí, voltam-se os poetas, que se voltam para dentro e observam com clareza os lados do jogo. E escrevem na esperança de se transbordarem.
E a guerra que mora dentro da gente vai embora deixando poemas...que serão esquecidos... Pois uma guerra demanda muitas sílabas e canções... Uma guerra estraga a mente, uma guerra aperfeiçoa a mente.
O concerto é conserto. Poema é a vida que transborda.
Volto da guerra e me entrego ao suspiro no final do dia. Volto da guerra com os olhos encharcados, os braços soltos, a boca seca. Volto da guerra pra me lamentar, porque ela esta dentro de mim. É a mente em tempos de guerra. É a mente em tempos de armamento nuclear: iminência do fim.
As respostas das perguntas infantis se tornaram filosofias. As perguntas sempre foram.
Mas, em apuros todos choram. Todos devaneiam. Todos sonham. Em apuros todos amam. E há aqui uma saída, então.
Uma saída perigosa, confesso. Saída e só, sem volta.
E aí, voltam-se os poetas, que se voltam para dentro e observam com clareza os lados do jogo. E escrevem na esperança de se transbordarem.
E a guerra que mora dentro da gente vai embora deixando poemas...que serão esquecidos... Pois uma guerra demanda muitas sílabas e canções... Uma guerra estraga a mente, uma guerra aperfeiçoa a mente.
O concerto é conserto. Poema é a vida que transborda.
Assinar:
Postagens (Atom)