domingo, 17 de março de 2019

Eu já escrevi mais do que deveria. Pouco menos de três meses, e já não há tira de papel vazia, sem letras, sem sentimentos, impressos pelo risco da caneta. Escrever não é sempre elaborar. É fugir, correr, disfarçar. Tem sido assim, para mim. O que fazer? Como vencer a guerra travada no meu coração? Diplomacia, nunca meu forte. Estive sempre no front. Combatendo. Armada. E agora, me encontro simples e irreconciliavelmente envolta por um silêncio, que me parece mais adequado. Deixo as batalhas, pois já não sei se poderei vencer. Me distancio, mas há uma corda invisível que me cobra voltar. Não irei. Erro mais uma vez, e me consumo pela derrota sobre mim mesma. O que é que se passa na minha cabeça que me permito arriscar? As coisas estão suspensas, e em minha boca o amargo trazido pelo arrependimento por tantas e todas as más escolhas. Poderei me perdoar? Como seguir, presa ao que passou, sem querer estar? Quis tanto descobrir... Quis tanto decifrar e conhecer... De fato, ter o que se quer é o verdadeiro fardo a qual estamos destinados.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Ele me enche de vazio. Estar com ele é estar oca, por dentro. Não sentir nada. Absolutamente.