terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Ontem fui dormir pensando nele. E hoje acordei, também, com ele no pensamento. Tantas coisas novas descobri quando ele chegou. Tantas que já estavam aqui, mas não podia ver, nem sentir. Outras, que só ele poderia me entregar, de fato, pois as carrega como sua impressão digital pelo mundo. O que só ele desvenda e enxerga. Só ele cativa e desinibe. Dificilmente não irei dormir com ele, de novo, no pensamento. Já não ofereço resistência, vou deixando seus trejeitos dominarem tudo aquilo que vai se formando na imaginação. Nuvens de lembranças e expectativas vão sendo criadas, e já não consigo mais distinguir o que é real. Adormeço, aquecida por todos os sentimentos bons que ele me faz experimentar. Sei que nada vai mudar, e também isto é reconfortante. Por aqui, dentro, eu é quem me entrego, sem platéia, a tudo de mais precioso que ele trouxe quando chegou: frescor, como se eu tivesse uma nova chance, todas as vezes que fecho os olhos, de ser feliz.