segunda-feira, 21 de março de 2016

Enfim.

Enfim, a paz.

A paz da cabeça feita.

Da mente que cria o sonho. Da mente que antecipa o sonho. Do sonho que amanhece verdade num dia comum. Desse arrepio ansioso pelos novos caminhos.

A paz do corpo leve.

A paz que te conecta com o barulho. Do barulho que vem la de dentro. Do barulho que vira palavra. Melodia. Desenho. Silêncio. Do barulho que engrandece.

A paz que te faz confiante. Que te faz acreditar. Arregaçar mangas. Levantar. Teimar. Ter glória nas pequenas coisas. Vencer a própria desconfiança. Acertar os passos. Encontrar o próprio destino. Cruzar as próprias esquinas. Perde-se, em alguns pontos. Encontrar-se, espontaneamente.

Aquela paz que faz os olhos se fecharem na frente do mar. Que faz sentir o vento por dentro de si. A plenitude de ser exatamente quem se é. E ser a melhor versão de si mesmo.
Ser destemido. Ser corajoso. Ser um maluco beleza.

Enfim. Essa paz.

Essa paz que vem de branco, de azul, de verde, de preto. Essa paz que vem do reflexo do espelho. Desavergonhada. Sorrindo escondido. Olhando pra baixo. Brincando de pique-esconde na rua.

Essa paz que te faz sorrir.



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