Descalça, ela caminhou pelo assoalho de madeira, sentou na rede na ponta da varanda e descansou. Soltou seu corpo contra o tecido aconchegante e ali ficou observando do alto a cidade, o dia cinza por entre as nuvens carregadas de lágrimas. Com o balanço do vento ia o seu coração. Pensamentos pra frente. Pensamentos pra trás. De longe, ouvia-se a melancolia vindo da beira do mar. No que parecia mais um devaneio, todo o seu corpo se arrepiou com o soprar inexorável do tempo em seu rosto, da neblina que parecia se aproximar. Ali, ela soube: eram ventos de inverno.
Nesse inverno, porém, não nublaria por dentro. Dessa vez, ela enfrentaria o tempo gelado com café e coração quentes.
Nesse inverno, porém, não nublaria por dentro. Dessa vez, ela enfrentaria o tempo gelado com café e coração quentes.
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