Talvez eu não saiba
Por onde ando a caminhar
Fecho os olhos
Porque não quero me acostumar
Com a escuridão.
Nem mesmo essas palavras
Saem de dentro de mim
As trago à força, à superfície
Pois já me sufoco, sozinha.
Vou me reencontrar em alguma esquina?
O velho eu, tão mais sábio que agora.
Fecho novamente os olhos
Fingindo que faz bem somente sonhar.
Engano o meu coração com pouco
Disfarço rastros de lágrimas, sorrindo.
Dançando.
Quanto de vazio há por trás desses olhos?
Fagulhas de uma prisão
Desleal e vitimista
Atordoada, amarrotada, atravessada, impregnada.
Vou me reencontrar quando a primavera chegar?
Ou serei mais uma daquelas sementes que se negam a florir?
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