segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Terra fértil

Março, para mim, é terra arada. Pronta para plantar. Nem sempre as sementes que caem de minhas mãos vingam ou dão bons frutos, porém. Sigo, ainda assim, semeando, plantando, adubando. A verdade é que nem sempre depende somente da gente ou das nossas sementes. Tem ano que há seca. Tem ano que as chuvas alagam as plantações.

Nessas horas, precisamos estar preparados para recomeçar. Arar e colher é isto: um movimento constante onde se equilibram um pouco de fé, um pouco de ação, um pouco de esperança, um pouco de frustração.

Março, para mim, é tempo de colocar as mãos na terra que é a gente e se conhecer. Se revirar. Molhar e sentir o cheiro da chuva em nós, por dentro. E assim, se fazer terra fértil daquilo que queremos que floresça no ano que há de vir, sabendo que nem tudo poderá brotar, mas que estaremos prontos para recomeçar a qualquer instante.

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