Em dois dias uma fase estará encerrada. Ou, como meu namorado tem me advertido: eu começo outra. É exatamente uma questão de perspectiva, de narrativa. Nesses dias finais, os sentimentos giram todos em torno do medo. Em todos os lugares que pude, afirmei o fracasso que viria, como se eu quisesse preparar os que amo para a frustração de ver a minha pior versão exposta. A de quem prometeu chegar ao cume, mas ficou pelo caminho. A de quem sonhou grande, mas fez pequeno.
Não é ao outro que eu tento prevenir o fracasso, é a mim mesma, eu sei. A estante esta cheia de livros, lidos, marcados, grifados. Mas, meus olhos só enxergam os que não pude ler. O que faltou. O que falhou. Eu nunca estou pronta. Eu não sei o suficiente. Eu não treinei o suficiente.
Eu não fiz. Eu não fiz. Eu não fiz. Eu não sou. Eu não sou?
Eu não fiz. Eu não fiz. Eu não fiz. Eu não sou. Eu não sou?
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